Um Filme Sobre a Teosofia do Futuro
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 
De profundo interesse filosófico, o filme de ficção científica “Tomorrowland” mostra os efeitos cármicos de grande escala dos pensamentos humanos, e a necessidade de que sejamos autorresponsáveis em relação a eles.[1]
 
No filme, os sentimentos negativos e as ideias egoístas alimentadas pela maior parte da população levam a sociedade atual a um final catastrófico já quase inevitável. No entanto, o desastre ainda pode ser evitado, até mesmo no último minuto. E isso pode ser feito através do poder do pensamento positivo alimentado por alguém que se sente impessoalmente responsável pelo futuro da humanidade, e que se recusa a desistir do otimismo.
 
O desafio e a lição estão presentes nos escritos originais da teosofia. O uso do pensamento correto sobre o futuro constitui uma ferramenta decisiva para que se mude o carma coletivo da humanidade. A questão de “quem é responsável pelo futuro” é discutida no livro “The Fire and Light of Theosophical Literature[2].  Os nossos websites associados  oferecem diversos  artigos sobre  o tema.[3]
 
Outros aspectos do filme têm um profundo significado teosófico.
 
“Tomorrowland” sugere a existência de uma coletividade de sábios (uma espécie de Xangri-La). Os Sábios Imortais necessitam da cooperação de cidadãos altruístas (“discípulos” e “aspirantes ao discipulado”). Estes devem ter um espírito não-dogmático e praticar o autossacrifício, trabalhando com o objetivo de ajudar a humanidade.
 
Levando em conta que o filme é uma obra de arte, as imagens simbólicas de “Tomorrowland” em relação a temas como provação, instrutores e aprendizes são essencialmente compatíveis com o processo do discipulado tal como descrito nas “Cartas dos Mahatmas”. Um exemplo disso, entre muitos outros, está no fato de que, ao contrário do seu principal discípulo, a Instrutora espiritual não envelhece um só dia à medida que passam as décadas. Além disso, a Instrutora pode materializar seu corpo físico instantaneamente em qualquer lugar quando isso é especialmente necessário para a missão humanitária.
 
Perto do seu final, “Tomorrowland” mostra um despertar em grande escala da consciência ética e humanista ao redor do globo, o que será suficiente para evitar o final catastrófico da civilização.
 
Isso coincide com uma das metas principais do movimento teosófico moderno. Helena P. Blavatsky previu que, de um modo ou de outro, a vitória do espírito humano ocorrerá antes do final do século atual.
 
Uma produção da Disney dirigida especialmente aos jovens,  o filme “Tomorrowland” é necessário para pessoas de todas as idades que queiram entender como se constrói o futuro. Fácil de encontrar, constitui uma aula fascinante sobre a arte de viver.  Deve ser visto tanto pelos teosofistas mais experientes como pelos estudantes recém-chegados ao âmbito da filosofia esotérica.
 
NOTAS:
 
[1] Este filme norte-americano de 2015 é dirigido por Brad Bird, e escrito e produzido por Bird e Damon Lindelof, e estrelado por George Clooney, Hugh Laurie, Britt Robertson e Raffey Cassidy,
 
[2] “The Fire and Light of Theosophical Literature”, Carlos Cardoso Aveline, The Aquarian Theosophist, Portugal, 255 pp., 2013.
 
[3] Veja, por exemplo, os artigos “Uma Oração Pelo Mundo”, “Meditação pelo Despertar Planetário”, “Meditando Pelo Despertar de Portugal”, “Meditando Pelo Despertar do Brasil”, “Construindo a Paz no Oriente Médio” e “Meditando no Despertar da Minha Cidade”.  Todos estes artigos estão disponíveis nas Listas de Textos por Ordem Alfabética dos nossos websites associados.
 
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Uma versão inicial do artigo acima foi publicada sem indicação do nome de autor na edição de junho de 2015 de “O Teosofista”, pp. 4-5.
 
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Em 14 de setembro de 2016, depois de uma análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu criar a Loja Independente de Teosofistas. Duas das prioridades da LIT são tirar lições práticas do passado e construir um futuro saudável
 
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