Pomba Mundo
 
Um Estudo Sobre a Sinfonia do Silêncio
 
 
Augusto de Lima
 
 
Augusto de Lima_Poesias
 
Páginas de abertura do volume “Poesias”,  publicado em 1909
 
 
 
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Nota Editorial:
 
No poema a seguir, “vulgo” é apenas o cidadão
desatento diante da vida.  A “música dos sóis” é
a “música das esferas”. Este conceito pitagórico
e teosófico se refere à permanente combinação
e renovação das energias cósmicas, que ocorre
conforme a lei dos ciclos. Nas últimas linhas, a
consciência de um poeta abrange também a percepção
do místico e do estudante de filosofia esotérica.
 
(CCA)
 
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Voz das Coisas
 
Aos ouvidos do vulgo indiferente
passa o rumor das coisas. Quem me dera,
vertê-la em notas de harmonia austera,
o original guardando fielmente!
 
Quem não sabe cantar também não sente
a sinfonia que o silêncio gera,
através dos espaços, onde impera
a música dos sóis eternamente.
 
Sons vagos, indecisos e serenos
passam por ti, ó vulgo, sem ao menos
este rumor das coisas entenderes.
 
Entendê-lo somente ao poeta é dado,
que é seu destino andar arrebatado
na sugestiva música dos seres.
 
 
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poema acima foi reproduzido do volume “Poesias”, Augusto de Lima, Editora H. Garnier, Rio de Janeiro / Paris, 1909,  300 pp., ver p. 242.  A ortografia foi atualizada.
 
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Sobre a ecologia da mente e a teosofia do ambiente natural, veja o livro  “A Vida Secreta da Natureza”, de Carlos Cardoso Aveline.
 
A_Vida_secreta_da_Natureza_1024x1024 (1)
 
A obra foi publicada pela Editora Bodigaya, de Porto Alegre, tem 157 páginas divididas por 18 capítulos, e está na terceira edição, de 2007.
 
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