A Vitória Mais Profunda
É Com Frequência Invisível
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 
O teosofista vence na vitória e vence na derrota. “Não está morto quem peleia”, diz o ditado. Os conceitos de vitória e derrota só se aplicam ao eu inferior. 
 
As marés altas e baixas da vida são naturais. A teosofia ensina a tirar o melhor proveito de todas elas. 
 
Em qualquer circunstância, o aprendiz de teosofia faz o melhor que pode e combate a ignorância. Mas ele luta principalmente contra a sua própria falta de sabedoria, que é a que ele pode remover.
 
A remoção da ignorância alheia é tarefa dos outros. 
 
O que o aprendiz de teosofia pode fazer é juntar mais pessoas que, como ele, buscam aprender.
 
Com estes colegas de caminhada ele pode partilhar dados, informações, testemunhos, vivências. E pode ouvir estas pessoas. Nisso consiste a ideia do movimento teosófico.
 
Uma loja ou “alojamento” de teosofistas busca ser uma federação de pessoas que lutam contra a sua própria ignorância, e que aumentam, através de um esforço constante, o contato diário com suas almas espirituais.
 
O mesmo pode acontecer na família, e no casal.
 
Quais são os primeiros passos?
 
Através dos três mandamentos de Wiracocha, a sabedoria andina dá indicações valiosas sobre o caminho da vitória.
 
É fácil ver que os princípios éticos dos Andes coincidem, no fundamental, com o ensinamento da Raja Ioga de Patañjali sobre Yama e Niyama, ou Renúncias e Realizações:
 
1) “Não Mentir” (ama llulla), na sua forma positiva significa respeitar a verdade;
 
2) “Não ser fraco” (ama k’ella), significa ter coragem e força de vontade;
 
3) “Não roubar” (ama sua), é uma ideia que, colocada em linguagem afirmativa, recomenda ser honesto, reconhecer o mérito alheio, evitar o excesso de ansiedade. [1]
 
A ajuda mútua torna mais fácil a tarefa do autoaperfeiçoamento. O sentimento de comunhão construtiva, comunhão na aprendizagem, tem um forte efeito curador. E devo citar aqui pelo menos dois dos fatores que alimentam a cooperação entre os peregrinos sinceros.
 
Um é a vontade profunda de aprender. O outro é o amor e o respeito incondicionais pela verdade, seja ela agradável ou não.
 
NOTA:
 
[1] “Pachamama en la Cultura Andina”, de Homer L. Firestone, Ed. Los Amigos del Libro, Cochabamba, Bolivia, 1988, 135 pp., ver p. 39.
 
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O artigo “A Arte de Ganhar Sempre” foi publicado nos websites da Loja Independente de Teosofistas no dia 17 de de setembro de 2024. 
 
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Helena Blavatsky (foto) escreveu estas palavras: “Antes de desejar, faça por merecer”. 
 
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