Um Momento de Reconciliação Com Todos os Seres
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 
A época de Natal traz um reencontro que ocorre no plano da alma, no território da justiça e da bondade. A celebração provoca uma redescoberta do passado, um rever interno e externo de pessoas e sentimentos, um reexame do futuro sagrado.  
 
Como era, por exemplo, nossa visão de futuro um ano atrás? E como será ela dentro de mais doze meses? O Natal expande a consciência emocional. Ele amplia os pensamentos, exige ética, e desperta espiritualidade. A celebração da unidade de todos os seres ocorre sobretudo entre os honestos, porque só eles podem vivê-la profundamente. O amor não se separa da sinceridade, e a mentira não compreende a amizade universal.
 
O Natal equivale a um estado de espírito, e não começa em dezembro. Há que preparar-se com anterioridade para o portal do ano novo, e as preparações são parte central da celebração. O Natal deve ser saboreado lentamente e desde cedo. O final do ciclo de doze meses nos coloca em contato com o tempo eterno.
 
Desta esquina mágica do tempo podemos ver outros trechos passados e futuros do processo de evolução. A proximidade do encontro com o tempo eterno na época do final do ano aumenta a ansiedade de muitos. Há uma inquietação sob a superfície do processo de celebrar. Para aquele que está em paz com o tempo eterno, os últimos dias do ciclo trazem uma lição de paz.  
 
O Natal é uma experiência de reconciliação interior com todos os seres, em harmonia com a lei da justiça.
 
Os seres colhem de acordo com o que plantam. O caminho à frente é o caminho da responsabilidade: cabe reconciliar-se com os fatos. O Natal ensina o desapego e a aceitação da perda como condição para ser humilde, e para ser feliz.
 
Não pergunte, portanto, quem nasce, ou renasce, no Natal. Quem nasce na época do final do ano é você. E quem nasce é a ética. Prepare-se para o evento. Jesus é um símbolo da sua própria alma e da alma de todos. Renasça no Natal verdadeiramente, por dentro, e será capaz de renascer na justiça impecável e na comunhão perfeita a cada manhã, em todas as épocas.
 
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O artigo “Não Pergunte Quem Nasce no Natal” foi publicado nos websites associados dia 26 de setembro de 2020. Ele também faz parte da edição de novembro de 2018 de “O Teosofista”, pp. 1-2, onde não há, porém, indicação do nome do autor.
 
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