A Vida de HPB é Semente
de Acontecimentos Futuros
Jerome Wheeler
Helena P. Blavatsky (1831-1891): visão parcial
de uma estátua feita pelo escultor Alexey Leonov
Como estudante, creio firmemente que o movimento teosófico está mais saudável hoje do que em qualquer outro momento – especialmente porque ele está alcançando o que os vários Iniciados que se reuniram para iniciar a sua atividade em 1875 pretendiam realizar. Aquele um entre os “vários” que inauguraram o impulso tornou-se o Manu para o ciclo começado em 1875 – não no sentido antropomórfico de “ele fez isso”, mas tal como é descrito em “Keynote of Consciousness”.
Um núcleo de fraternidade universal só pode começar o seu processo de acumulação quando um corpo de literatura, com a força da magia da autotransformação daqueles que o assimilarem, torna-se disponível. A sra. Blavatsky concordou em ser o bode expiatório ou “semente” pela qual a nova Nota-chave da Consciência poderia passar a estar presente e disponível em um nível inferior de consciência. O processo é semelhante ao plantio de uma semente. A semente precisa estar morta (isto é, seca e já sem qualquer vida que pertença ao ciclo em que foi colhida). Então ela pode ser plantada, germinar sob a terra, e passar por uma segunda morte. Isso tudo ocorre de acordo com a Lei dos Ciclos. No Oriente, a palavra para este processo é: Padmapani (Um Protetor dos Ciclos).
Assim, a parte mais importante do trabalho da sra. Blavatsky foi invisível, porque os acontecimentos germinam no astral antes de germinarem acima do solo no mundo barulhento e tumultuado em que nós vivemos. O trabalho foi pré-natal, e nós, estudantes de história, temos o privilégio de ver o vasto conjunto de mudanças no útero cósmico: primeiro, ela veio à América para coletar dados do passado e plantar em terreno novo; depois, foi à Índia para viver a negação, a crucificação e a expulsão; e depois para a Itália, a Alemanha, e a Inglaterra, com o propósito de começar “um novo movimento no Ocidente”.
Sim, o Movimento está mais saudável do que em qualquer outro momento anterior, e eu ainda estou por encontrar um estudante autenticamente sério do material de Blavatsky que não tenha em si as marcas do verdadeiro ocultismo.
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O artigo acima foi publicado pela primeira vez em “Theosophy World”, em outubro de 2004. Ele é traduzido aqui da revista “Fohat”, do Canadá, primavera de 2005, p. 19.
Jerome Wheeler nasceu nos Estados Unidos em 8 de agosto de 1934. Ele fundou “The Aquarian Theosophist” em novembro do ano 2000 e foi seu editor até julho de 2006.
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