Pomba Mundo
 
Os Verdadeiros Sucessores Dela São Aqueles
Que Aprendem e Praticam o Que Ela Ensinou
 
 
John Garrigues
 
 
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Helena P. Blavatsky (1831-1891)
 
 
 
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Nota Editorial:
 
O artigo a seguir foi publicado
pela primeira vez na edição de maio
de 1926 da revista “Theosophy”, de Los
Angeles, pp. 318-319, sem indicação de
nome de autor.  Título original: “Theosophy
School”. Ele é aqui traduzido da edição de
outubro de 2014 de “The Aquarian Theosophist”.
 
(CCA)
 
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H. P. Blavatsky é conhecida entre os teosofistas como HPB. Isso tem um significado. O nome do corpo é uma coisa; o nome da Alma é outra coisa. Quando nasce uma criança, um nome é dado à sua forma, e os dois, o nome e a forma – Nama-rupa em sânscrito – são apenas máscaras ou aparências. Quase sempre a aparência é vista como a Realidade, e como se fosse a Alma, porque na maior parte das pessoas o Verdadeiro Eu, ou Atma, não é visível.
 
Os estudantes intuitivos sabem: o corpo conhecido pelo nome de Helena Petrovna Blavatsky era uma máscara, um véu; naquela forma humana vivia e trabalhava uma Alma poderosa. Aquela Alma amava a humanidade e se esforçava pelo seu bem.
 
Seus alunos, estudantes e amigos sentiam o poder por trás da aparência e, não sabendo distinguir a Grande Alma que trabalhava por trás da máscara, a chamavam de HPB. O nome da alma é sagrado; ele é mantido em segredo, porque tem poder. Todos os Grandes Iniciados têm os seus verdadeiros nomes secretos. Por isso um Mahatma certa vez escreveu sobre “a personalidade que é conhecida no mundo como HPB mas que é conhecida entre nós sob outro nome”.
 
Olhem para o retrato dela e contemplem. Vejam o que há atrás daqueles olhos penetrantes, que tudo veem; observem os lábios resolutos, fechados, e que, se fossem abertos, poderiam contar os segredos de mundos desconhecidos; aquela testa nobre, um santuário da Sabedoria Eterna da grande Loja; aquela mão bonita, mas forte, que protege a humanidade; a grandeza do vulto inteiro, que simboliza a sua alma poderosamente dinâmica. Por trás destes símbolos e também além deles estava a Alma – a maior que a nossa era conheceu.
 
HPB não deixou sucessor. Todos aqueles que aprendem o que ela ensinou, praticam o que pregou, vivem à altura da Mensagem que transmitiu e propagam os seus ensinamentos são os verdadeiros sucessores dela. Cada um de vocês deve buscar intensamente tornar-se o verdadeiro sucessor. Mas evitem o orgulho, o egoísmo e o desejo de liderar. Deixem de lado a vida carnal e sigam o caminho da Alma. É na condição de almas que vocês podem tornar-se discípulos de HPB. O seu grande destino é ser sucessores de HPB no verdadeiro sentido da palavra. Qual é o valor do dinheiro, se comparado à riqueza da sabedoria? O que é a fama no mundo, comparada com a satisfação interior – a satisfação de alma – que resulta do sacrifício? Aspirem com intensidade, trabalhem de modo paciente, e perseverem, até conhecerem HPB.
 
De todos os seus ensinamentos benéficos, o que podemos destacar e guardar em nossos corações neste momento?
 
Aqui estão três pontos:
 
1) Através da alegria e da tristeza, da dor e do prazer, a Alma alcança um conhecimento de si mesma.
 
Esta é uma ideia fundamental. Todos devemos chegar a um conhecimento de nós mesmos em nossa condição de almas. Trata-se de uma tarefa difícil, mas ela diz:
 
2) O passado inteiro mostra que a dificuldade não é desculpa para desânimo, muito menos para desespero; caso contrário o mundo não teria obtido as maravilhas da civilização.
 
Devemos persistir na busca do conhecimento da Alma; e estejamos vigilantes, porque ela nos adverte:
 
3) A virtude e a sabedoria são coisas sublimes, mas, quando elas criam orgulho e uma sensação de estar separado do resto da humanidade, são apenas as serpentes do egoísmo reaparecendo em uma forma mais refinada.
 
Através destes Ensinamentos nós podemos vencer como ela venceu. Aquela força, semelhante à força de Cristo, nasceu de ações generosas. Aquele conhecimento, semelhante ao conhecimento de Buddha, nasceu de uma pesquisa paciente. Aquela compaixão, semelhante à compaixão de Krishna, nasceu de uma aspiração sagrada. A HPB real e universal deve ser para todos nós um símbolo da Meta, uma fonte de ânimo e coragem, uma Mestra, uma Testemunha, um local de descanso, um refúgio, e uma amiga.
 
Quem foi aquela Grande Alma?
 
Nenhum de nós, mortais, pode realmente saber; e aqueles que o sabem não o dirão. Este é o maior dos Mistérios Teosóficos. HPB deixou, ao ir-se, a prova da sua imortalidade; as flores das ações nobres e os frutos das ideias inspiradoras. Os escritos dela são como minas profundas, cheias de Kohinoors [1], prontos para serem usados na coroa real da Alma.  
 
Assim como por trás da foto de Helena P. Blavatsky está oculto o mistério da verdadeira HPB, assim também no interior das palavras escritas por ela está presente o mistério da sua Mensagem.
 
Vocês, que são jovens [2], poderão saber a verdade se forem dignos de uma relação com HPB. Vivam sabiamente, de acordo com os ensinamentos dela; amem impessoalmente, como ela fez; sacrifiquem tudo o que têm e tudo o que são, como ela sacrificou tudo pelos Mestres e pela Loja, e vocês conhecerão HPB, a pensadora por excelência; aquela que teve Discernimento e Compaixão; aquela que venceu a morte.
 
NOTAS:
 
[1] Kohinoor – famoso diamante, conhecido por seu tamanho grande. (CCA)
 
[2] O presente artigo é a transcrição de uma palestra para jovens teosofistas. (CCA)
 
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Em setembro de 2016, depois de cuidadosa análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu formar a Loja Independente de Teosofistas, que tem como uma das suas prioridades a construção de um futuro melhor nas diversas dimensões da vida. 
 
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