Com Algumas Decisões Para o Dia de Amanhã
 
 
Carlos Cardoso Aveline
 
 
 
 
 
Agirei de modo justo e equilibrado.
 
A insignificância externa abre o caminho do significado profundo. A derrota no mundo prepara a vitória do espírito.
 
Não será buscada por mim a felicidade como fato isolado. Adotar esta meta provocaria o declínio do meu sentido ético. Prefiro construir as causas da felicidade incondicional. Cumprir o dever é minha proteção. [1] O inegoísmo constitui a base do contentamento.
 
Serei honesto com minha alma. Escutarei aquele nível de silêncio que produz comunhão com independência.
 
A maldade que vejo não me impressiona. Deixo-a para trás. Vigilância significa desapego.  A bondade que experimentei me inspira: agradeço à vida pelos gestos solidários.
 
Busco a eficiência. Celebro o tempo que passou, tiro lições e avanço. Começo de zero a cada novo dia. Guio-me pelo ideal.
 
A agulha da minha bússola aponta para aquilo que é moralmente bom, belo e verdadeiro.
 
Viverei como um hóspede anônimo do planeta: o nome dado a mim por meus pais é um pseudônimo válido para a presente encarnação.
 
No anonimato essencial, encontro a verdade sem palavras. Nela  moro de fato. A cada dia, reforçarei a presença do eterno, da bondade e da sinceridade.
 
Pagarei o preço por isso. Irei enfrentar os mecanismos da hipocrisia, abrindo caminho para a ciência do viver.
 
Om, shanti. Namaskar.
 
NOTA:
 
[1] Veja em nossos websites o artigo “As Quatro Proteções do Guerreiro”.
 
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Uma versão inicial de “Oração Diante do Futuro” foi publicada sem indicação do nome do autor em “O Teosofista” de janeiro de 2017, pp. 1-2.
 
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