No Silêncio da Compreensão,
Abrem-se as Portas da Sabedoria
Carlos Cardoso Aveline
À esquerda da capa do livro, um escudo e espadas dos guerreiros Rajput, na Índia,
que assumem compromissos solenes em nome dos seus escudos. (“Annals & Antiquities
of Rajasthan”, de James Tod, edited by E. Jaiwant Paul, Roli Books, New Delhi, 2008.)
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O texto a seguir reproduz anotações
feitas pelo autor do livro “Três Caminhos
Para a Paz Interior”, e se refere à primeira
parte da obra, intitulada “O Caminho do Guerreiro”.
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1. Saiba que você é mortal.
A vida é curta. Seu corpo é frágil, e dura relativamente pouco.
2. Saiba que você é imortal.
Você tem um eu superior e pode ampliar o contato com ele a tempo. Essa é a verdadeira fonte de felicidade e bênçãos.
3. Dedique uma parte crescente da sua vida ao ideal de progresso e perfeição humanos.
O ponto três resulta naturalmente dos dois pontos anteriores. O desafio é elevar o foco médio da consciência.
4. Observe de que modo você está jogando sua vida fora.
Viver momento a momento, sem um norte, pode ser uma forma de não levar sua vida a sério.
5. Saiba que desde o primeiro passo no Caminho será testado e atacado, nos seus pontos fracos, de modo cruel e injusto.
Por isso tantos desistem o tempo todo da intenção de trilhar o Caminho da Sabedoria. Fique alerta desde o início: os testes são duros mas preparam a vitória duradoura e previnem derrotas futuras.
6. Prepare-se para o combate.
E lembre-se de que o combate é contra uma ignorância que está sobretudo dentro de você, e só secundariamente fora de você. Da ignorância brotam as ilusões – algumas ambiciosas, outras pessimistas [1] – que a sua espada deve despedaçar. Da sabedoria brota a paz incondicional.
7. Prepare-se para o combate combatendo.
A espada é sua mente. O fio da lâmina corresponde à lucidez e à isenção. Seus golpes são suas ações. A força dos golpes é a intenção de fazer o melhor. A única derrota é não tentar. A vitória interior não produz derrotados e não necessita ser reconhecida por ninguém além de você.
NOTA:
[1] Yang ou yin.
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Uma versão anterior das notas acima foi publicada na edição de dezembro de 2014 de “O Teosofista”. Título original: “Sete Pontos Preliminares”.
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