A Arte de Estar Só, em Meio a um
Mundo Todo Cheio de Dores e Descrenças
 
 
Aleixo Alves de Souza
 
 
 
Vista da cidade do Rio de Janeiro em 1929
 
 
 
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Nota Editorial de 2017:
 
O poema “Solidão” é reproduzido do livro
Écos do Meu Silencio”, de Aleixo Alves de
Souza, Rio de Janeiro, 1937, 95 pp., ver p. 48. Não
há indicação de editora. A ortografia foi atualizada.
 
Aleixo foi eleito presidente da Sociedade
Teosófica no Brasil em novembro de 1937,
permanecendo no cargo até o  final da Segunda
Guerra Mundial. Em 1946, quando Aleixo é  
substituído por Armando Sales através de eleições,
a direção da seção nacional é transferida do Rio
de Janeiro para São Paulo, onde ficará até 1973.[1]
 
(Carlos Cardoso Aveline)
 
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Solidão
 
Aleixo Alves de Souza
 
 
Só, em meio de um mundo todo cheio
De desejos, de dores e descrenças,
É na verdade assunto para receio;
Mas… antes só que junto e em desavenças.
 
E o saber estar só, ainda que em meio
De um tumultuar atroz de malquerenças,
É tarefa temível, sinto-o, creio-o,
Ante o escachoar [2] das cóleras intensas.
 
Mas há um isolamento que ainda aterra
Mais do  que outro qualquer, mesmo o do nada:
O do Interno Silêncio: – Só, na terra,
 
Quando ao redor a vida, desenfreada [3]
Se agita em turbilhão, em luta, em guerra,
– Uma tal solidão – essa é sagrada!
 
 
NOTAS:
 
[1] Veja as pp. 46, 48, 49 e 50 do dossier  “A Teosofia e a Sociedade Teosófica no Brasil – Subsídios, 1896-1946”,  de João Batista Brito Pinto, SP, 1995, 105 páginas. (CCA)
 
[2] Escachoar: borbotar, borbulhar, como em uma cachoeira. (CCA)
 
[3] No original, “insofreada”, termo que caiu em desuso. (CCA)
 
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Sobre a história do movimento teosófico no Brasil, veja em nossos websites associados os artigos “Breve Histórico da Teosofia no Brasil”, “Leadbeater Diz Que Matou Brasileiros”, “Bispo Católico Visita Plantações em Marte”,  “A Teosofia no Brasil”, “Besant Anuncia Que é Mahatma”, “Origem do Movimento Teosófico no Brasil” e “A Fraude da Escola Esotérica”. 
 
Outros exemplos de  textos de interesse histórico disponíveis em nosso acervo online: “Carta de Seidl Para Gervásio, Sem Data”, “Como Surge a Loja Rio de Janeiro”, “Krishnamurti e a Teosofia”, “Fabricando um Avatar”, “Celebrando o Dia Oito de Maio”, “Krishnamurti e as Ilusões Besantianas”, “O Racismo em Nome da Teosofia”, “A Teosofia e a Segunda Guerra Mundial” e “Prelúdio Para Um Irmão Que Parte”.
 
Vale a pena ler o artigo “O Que a Teosofia Ensina”, de Aleixo Alves de Souza, e há outros poemas desse autor publicados em nossos websites.
 
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Em 14 de setembro de 2016, depois de uma análise da situação do movimento esotérico internacional, um grupo de estudantes decidiu criar a Loja Independente de Teosofistas. Duas das prioridades da LIT são tirar lições práticas do passado e construir um futuro saudável
 
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