Um Instrumento para Expandir a
Nossa Identidade Interior com o Cosmo
Carlos Cardoso Aveline
O hino Gayatri, dos Vedas, está entre os mantras e orações mais conhecidos de todos os tempos.
A aparente personalização que aparece nas suas traduções populares é um recurso poético. Equivale a chamar o sol, a lua e as estrelas de irmãos, e afirmar que os rios e as árvores são membros da nossa família biológica mais próxima.
Estas várias afirmativas são essencialmente verdadeiras, porque a inteligência do universo é múltipla e está em todas as partes. Ao mesmo tempo, é preciso manter o bom senso e a atitude impessoal. Qualquer ideia de um “Deus” monoteísta é uma perigosa ficção.
As inteligências que dirigem o universo são incontavelmente plurais. É melhor não tratar a lei universal como se ela fosse um ser humano. [1]
Esta é uma das traduções do Gayatri, à qual acrescentamos as palavras “Lei Universal”, ao invés de “Tu”:
“Ó Lei Universal que dás sustentação ao cosmo e a nós próprios, de onde tudo surge e para onde tudo deve retornar: revela a face do verdadeiro Sol espiritual, agora oculto por um véu de luz dourada, para que possamos ver a Verdade e cumprir o nosso dever inteiro, na jornada até o Teu lugar sagrado.” [2]
A jornada para o lugar sagrado da lei universal é a jornada para o nosso verdadeiro eu. Trata-se da viagem desde o eu inferior até o eu superior, ou da consciência pessoal para a consciência cósmica.
O conteúdo do Gayatri está relacionado com os ensinamentos da obra-prima da filosofia esotérica, “A Doutrina Secreta”, de Helena P. Blavatsky. A fundadora do movimento esotérico moderno comenta os versos e conceitos presentes no Gayatri nas páginas 244-254 do volume “Letters of H.P. Blavatsky to A.P. Sinnett” (TUP).
Estas duas versões do mantra merecem uma abordagem meditativa:
1. Versão Mais Longa do Gayatri
2. Versão Mais Curta, com Deva Premal
NOTAS:
[1] Veja em nossos websites a Carta 88 de “Cartas dos Mahatmas”, publicada sob o título “Mestres Ensinam Que Não Há Deus”.
[2] Do artigo “The Return of the Sun” (“O Retorno do Sol”), de John Garrigues, publicado na edição de dezembro de 2013 de “The Aquarian Theosophist”.
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Para conhecer a teosofia original desde o ângulo da vivência direta, leia o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, de Carlos Cardoso Aveline.
Com 19 capítulos e 191 páginas, a obra foi publicada em 2002 pela Editora Teosófica de Brasília.
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